quarta-feira, 28 de dezembro de 2022

Lensa AI.



Um app que saiu do anonimato e se tornou uma celebridade queridinha nas redes sociais. Este é o LENSA AI.

Neste momento em que escrevo ele é um fenômeno, como muitas novidades da web já foram e se tornou umm dos mais baixados do mundo e um dos mais fantásticos lançamentos do universo mobile. Mesmo existindo desde 2018 ele ganhou corações e mentes e fatura US$ 1 milhão por dia nesta em dezembro. 

A consultoria Sensor Tower  acredita que entre os dias 6 e 10 de dezembro o Lensa foi o app com maior faturamento dentre todos os apps da App Store nos EUA. Contudo, o Lensa é somente um indicador do que ainda vai vir e nos encantar em termos de tecnologia social. O pulo do gato do Lensa é o seu algoritmo - sim, sempre ele -, que tem um nome de robô: Stable Diffusion. Este algoritmo é um exemplo de ‘text-to-image AI’, quando, softwares de inteligência artificial que geram uma imagem em resposta a uma requisição por escrito do usuário. Em outras palavras: o software lê o que você escreveu – digamos, “um astronauta na Lua tocando guitarra” – e desenha exatamente aquilo para você.

 A maneira como estes AIs funcionam parece ficção científica. O software recebe dois inputs: um prompt de texto (“um astronauta na Lua tocando guitarra”), e uma imagem aleatória de ruído que servirá de imagem inicial. O algoritmo então retira da imagem tudo que não faz sentido com o prompt.  Para fazer isso, o modelo precisou antes ser treinado a entender o que faz e não faz sentido com os conceitos escritos no prompt. O Stable Diffusion fez esse treinamento usando uma base de dados com mais de 5 bilhões de imagens com suas respectivas legendas, que permitiram ao AI entender os conceitos associados à imagens em si. 



O Stable Diffusion não é o primeiro AI desse tipo. O DALL-E, da OpenAI, foi lançado em 2021, seguido este ano pelo Imagen do Google e do Midjourney – este último fazendo bastante estardalhaço ao ter sido usado para ganhar uma competição de arte, sem o conhecimento dos organizadores. Já existem, inclusive, versões iniciais dessas tecnologias aplicadas à geração de imagens em 3D, como o DreamFusion do Google ou a Point-E da OpenAI.


Esta matéria foi publicada no Brazil Journal. 

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